segunda-feira, 9 de abril de 2012

A teoria das janelas quebradas

Em 1969, na Universidade de Stanford, o psicólogo Philip Zimbardo realizou um experimento de Psicologia Social. Deixou dois carros idênticos abandonados na rua, a mesma marca, modelo e até a cor. Um no Bronx, na época uma zona pobre e conflituosa de Nova Iorque e o outro em Palo Alto, zona rica e tranquila da Califórnia. Dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em Psicologia Social estudando as condutas das pessoas em cada lugar.
O carro abandonado no Bronx começou a ser vandalizado em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o radio, etc. Todo o aproveitável foi levado e o resto destruído. Em troca o carro abandonado em Palo Alto se manteve intacto.
É comum atribuir à pobreza a causa dos delitos. Entretanto os investigadores decidiram quebrar um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que começou o mesmo processo que no Bronx, o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.
O vidro quebrado, num carro abandonado, numa vizinhança supostamente segura é capaz de disparar todo um processo delitivo. Não se trata de pobreza. É algo que tem a ver com a psicologia, o comportamento humano e com as relações sociais.
Em experimentos posteriores, James Q. Wilson e George Kelling publicaram em março de 1982, na revista The Atlantic Monthly, a “teoria das janelas quebradas” que, desde um ponto de vista criminológico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujidade, a desordem e o maltrato são maiores.
Se quebra-se um vidro, de uma janela de um edifício e ninguém o repara, cedo estarão quebrados todos os demais. As pessoas que por ali passarem irão concluir que não existe autoridade responsável pela conservação da ordem naquela localidade. Eventualmente, vândalos poderão entrar no edifício, e se este estiver desocupado, tornam-se ocupantes ou incendeiam-no.
Um vidro quebrado transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai rompendo códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, de respeito à propriedade e de senso de civilidade. Cada novo ataque reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos, cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando em uma violência irracional.
Considere, ainda, uma calçada. Algum lixo se acumula nela. Logo, mais lixo virá. Aos poucos, as pessoas começarão a descarregar todo o seu lixo nessa calçada.
Se os parques e outros espaços públicos são deteriorados progressivamente e ninguém age a respeito, esses lugares serão abandonados pela maioria das pessoas (que deixam de sair de suas casas por temor aos marginais), esses mesmos espaços abandonados pelas pessoas serão progressivamente ocupados pelos delinquentes.
Se um pai de família deixa que sua casa tenha alguns defeitos, como falta de pintura das paredes, que estão em mau estado, maus hábitos de limpeza, maus hábitos alimentícios, más palavras, falta de respeito entre os membros do núcleo familiar, etc. então pouco a pouco se cairá num descuido das relações interpessoais dos familiares e começarão a criar más relações com a sociedade em geral e talvez algum dia chegarão a acabar na prisão.
Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto é algo que parece não importar a ninguém, então ali se causará o delito. Se se cometem “pequenas faltas” como estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar uma luz vermelha, pequenas faltas que não são aprovadas, então começarão a desenvolverem-se faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves.
A resposta dos estudiosos foi contundente, indicando que ante o descuido e a desordem crescem muitos males sociais e se degenera o entorno.
A teoria das janelas quebradas conclui que o melhor é resolver os problemas enquanto ainda são pequenos. Reparar as janelas quebradas em pouco tempo e ver-se-á que os vândalos terão menos probabilidade de estragar mais. Limpar as calçadas e a tendência será de o lixo não acumular.
A teoria faz duas afirmações principais: o crime de pequena escala ou comportamento anti-social é diminuído, e o crime de grande escala é, como resultado, prevenido. A principal crítica desta teoria foca sobretudo esta última afirmação, que considera não provada.
Em 1990 o americano Wesley Skogan realizou uma pesquisa em várias cidades nos EUA que confirmava os fundamentos da teoria. A relação de causalidade que existe entre desordem e criminalidade é muito maior, do que a relação criminalidade com pobreza, desemprego, falta de moradia. Esse estudo foi de extrema importância para que fosse colocada em prática a Política Criminal de Tolerância Zero.
Em 1994, Kelling e Willian Bratton, foram para Nova Iorque e começaram a trabalhar na política de Tolerância Zero. O metrô foi o primeiro laboratório para provar que, se "arrumassem as janelas quebradas", a delinquência seria reduzida. A polícia começou a combater os delitos menores. Uma das primeiras medidas tomadas foi impedir que pulassem as catracas. Logo, quando os outros desordeiros perceberam que aqueles que pulavam estavam sendo repreendidos, eles desistiam de ter a mesma conduta. Os policiais perceberam que as pessoas que pulavam as catracas, estavam armadas ou tinham mandados de prisão contra si. Dessa forma combatendo aquele delito menor evitou-se que aqueles que estavam armados praticassem outros crimes.
A existência de pichações sugere que a região fica entregue a vândalos para que eles possam sujar as paredes sem ser incomodados. Além da sensação de insegurança provocada pelo abandono do lugar, há o sentimento de impotência e posterior indiferença quanto ao decadente destino das áreas públicas. As pichações passaram a ser apagadas na hora, e os "artistas" não podiam admirá-las por muito tempo.
A principal reclamação da população eram os grupos de jovens que limpavam os para-brisas dos carros, sem a autorização dos donos e exigiam o pagamento pelo feito de forma agressiva, o que causava medo nas pessoas e isso era considerado uma falta de ordem e autoridade. Essa conduta passou a ser punida com serviços comunitários e não levava a prisão. As pessoas eram intimadas e muitas não cumpriam a determinação judicial, cujo o descumprimento, autorizava que fossem presos. As prisões foram feitas (os outros ficavam com medo da sanção), o que atormentava os nova-iorquinos por anos acabou-se em semanas.
Após vários meses de campanha, a delinquência no metrô foi reduzida em 75% e continuou caindo de ano para ano. Após o sucesso no metrô e nos parques, foram aplicados os mesmos princípios em outros lugares e em outras cidades.
O resultado da aplicação da Broken Windows Theory foi a redução de forma satisfatória da criminalidade em Nova Iorque que anteriormente era conhecida como a “Capital do Crime”. Hoje a cidade é considerada a mais segura dos Estados Unidos.
Não se afirma que os resultados obtidos sejam exclusivos destas medidas, mas a experiência de Nova Iorque repercutiu em todo o mundo.

Fontes:
http://expandiraconsciencia.blogspot.com.br/2012/02/teoria-das-janelas-quebradas.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_Janelas_Partidas
http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo361.shtml
http://www.jefersonbotelho.com.br/2009/08/15/teoria-das-janelas-quebradas-a-desordem-e-a-criminalidade/
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/pequenos-delitos-e-a-teoria-das-janelas-quebradas/30692/
Acessos em 08 de abril de 2012.

domingo, 8 de abril de 2012

Amor Sem Fim

Meu amor,
Há somente você na minha vida.
A única coisa que é certa.

Meu primeiro amor,
Você é "tudo que respiro"
Você é cada passo que dou.

E eu quero dividir
Todo o meu amor com você.
Ninguém mais o fará.

E seus olhos,
Eles me dizem o quanto você se importa.
Sim, você sempre será:
Meu amor sem fim.

Dois corações que batem como um só.
Nossas vidas apenas começaram.

Para sempre
Eu te segurarei apertado em meus braços.
Eu não consigo resistir aos seus encantos.

E amor,
Eu serei bobo
Por você, tenho certeza.
Você sabe que não ligo.

Porque você,
Você significa o mundo para mim.
Você sabe,
Eu encontrei em você
Meu amor sem fim.

E amor,
Eu serei aquele bobo
Por você, tenho certeza.
Você sabe que não ligo.
Você sabe,
Eu não ligo.

E, sim.
Você será o único.
Porque ninguém pode negar,
Esse amor que tenho aqui dentro.
E eu vou dá-lo pra você
Meu amor.
Meu amor sem fim.

Lionel Richie


quarta-feira, 4 de abril de 2012

1 Coríntios 13

1Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

2E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

3E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

4O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

5Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

6Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

7Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

9Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

10Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

11Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

12Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

13Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

domingo, 1 de abril de 2012

COMO INVESTIR EM AÇÕES?

Realizar investimentos de diversos tipos é uma atividade cada vez mais comum e acessível para qualquer cidadão. A informatização e a automação dos sistemas da Bolsa de Valores – bem como a disseminação da internet e o aumento do poder aquisitivo dos brasileiros – possibilitaram a compra e a venda de ações e títulos de forma bem mais simples e rápida do que se imagina. Mas lembre-se: com dinheiro, não se brinca. Para começar a investir, deve-se partir do pressuposto de uma vida financeira saudável e regrada.

COMO COMEÇAR

Para investir em ações, é necessária a mediação de uma instituição financeira, geralmente um banco ou uma corretora de valores credenciada pelo Banco Central. A maioria das corretoras conta com plataformas on-line – as home brokers – que permitem a interação dos usuários com a Bolsa de Valores a partir de uma conexão com a internet. Existem taxas (corretagem e custódia) que variam entre as empresas. Portanto, deixe seu lado consumidor falar mais alto e pesquise preços e promoções de várias corretoras, e avalie qual delas se encaixa melhor no seu perfil investidor antes de fechar a escolha.De acordo com Miriam Macari, gerente da home broker Easynvest, para investir em ações, especificamente, não existe um perfil ideal. "Depende do investimento pelo qual a pessoa quer optar, dos seus objetivos e dos riscos que pretende correr. Existem vários ativos disponíveis no mercado de ações nos quais ele pode investir", explica.


FIQUE ATENTO

Quanto gastar

O Mercado de Ações é ideal para estratégias de ganhos a longo prazo. Logo, querer obter retorno imediato para saldar dívidas de curto prazo só vai trazer mais prejuízo. Saber como e qual é a importância de poupar para fazer sobrar dinheiro no final do mês é vital. "Parece óbvio, mas muita gente esquece disso", afirma Macari.

Virtude: Educação financeira.

Vício: Esperar ganhos imediatos ou em curto prazo.

Organização

Vencido o primeiro desafio, pergunte-se: o que eu quero com esse investimento? Aposentar-me com conforto, comprar um apartamento ou fazer uma viagem? Lembre-se: ganhos com ações são de longo prazo.

Virtude: Traçar um objetivo.

Vício: Começar dando passos maiores do que as pernas.

Informação

Na caderneta de poupança, você coloca o dinheiro e espera ele render sozinho. Em ações, você tem que se informar sobre as empresas onde vai investir, as perspectivas do setor e o panorama econômico e político. Tenha em mente que todo investimento envolve riscos – sobretudo, os de renda variável – e os ganhos ou as perdas dependem das suas escolhas.

Virtude: Buscar informações.

Vício: Permanecer desatualizado ou ignorar as diversas variáveis.

Estratégia

A máxima do mercado é comprar na baixa e vender na alta. Mas outros detalhes entre a compra e a venda devem ser considerados. "Existem formas de se proteger no mercado de ações, investindo com risco baixo", destaca Macari. Não se deve tomar nenhuma atitude por impulso ou emoção. Tudo precisa ser analisado.

Virtude: Traçar estratégias de investimento.

Vício: Comprar ou vender ações por impulso, sem estudar o mercado.

Diversidade

Nunca, absolutamente nunca aposte todas as suas fichas em uma só empresa ou em um só setor. Diversifique seus investimentos. Dessa forma, você será bem menos afetado por eventuais oscilações ou até por uma crise em um determinado setor da economia.

Virtude: Diversificar a carteira.

Vício: Pegar atalhos "milagrosos".


TIPOS DE INVESTIMENTO

O tipo de investimento pelo qual o aspirante a investidor deve optar varia de acordo com o seu comportamento financeiro – que vai de conservador a arrojado – de modo que o melhor caminho para escolher é se informar minuciosamente sobre as características de cada um. Os modelos de investimentos mais comuns no mercado são:

1. Renda fixa

- Tesouro direto

- CDBs e RDBs (Certificados e Recibos de Depósitos Bancários)

- Debênture

- Caderneta de poupança

2. Renda variável

- Ações

- Fundo de Índice (ETF)

- Fundos de Investimento

Por Eber Freitas, Revista Administradores

http://www.administradores.com.br/informe-se/economia-e-financas/como-investir-em-acoes/53773/