terça-feira, 19 de novembro de 2019

Record de parada mais rápida da Fórmula 1


Em 17/11/2019, no GP Brasil em Interlagos, a Redbull Racing bateu o record de parada mais rápida da Fórmula 1 para troca de pneus.
Por trás desse record há um excelente trabalho de equipe, com planejamento, preparo e treinamento.
Há detalhes que só podem ser verificados com a imagem congelada devido a velocidade e quantidade de acontecimentos simultâneos.
A equipe é composta por 22 pessoas:
12 mecânicos para troca dos pneus, sendo 3 em cada roda, um para soltar e apertar a porca, um para retirar o pneu usado e um para colocar o pneu novo;4 mecânicos para suspender o veículo, sendo 2 deles reservas caso as ferramentas apresentem problema;2 mecânicos para ajustar o aerofólio dianteiro;2 mecânicos para limpar a refrigeração do motor;1 mecânico para controlar a luz de parada e partida;1 piloto.
Mesmo com todas as conferências, as ferramentas usadas tem reservas para casos emergências.
Podemos comparar esse trabalho a uma peça de teatro, a um balé super sincronizado.
Humanos trabalhando com precisão de máquina.
Um show da equipe Redbull.


No link abaixo é possível ver record em velocidade real.

domingo, 21 de julho de 2019

A máquina que mudou o mundo


Cinquenta anos atrás, Peter Drucker denominou-a ‘a indústria das indústrias’. Atualmente, a indústria automobilística continua sendo a maior atividade industrial...
Sabíamos que muitos esforços para compreender tal indústria haviam fracassado por não examinarem além da fábrica - importante elemento do sistema, é claro, mas apenas pequena parcela do total.
Em tal processo, tornamos convictos de que os princípios da produção enxuta se aplicam igualmente a todas as indústrias de todo o mundo, e que a conversão para produção enxuta exercerá profundo efeito sobre a sociedade humana - na verdade, ela irá transformar o mundo.
O mundo tem imensa carência de capacidade competitiva de produção enxuta e um excesso capacidade produtiva de não-competitiva de produção em massa.
Os produtos enxutos, por sua vez, almejam abertamente a perfeição: custos sempre declinantes, ausência de itens defeituosos, nenhum estoque e uma miríade de novos produtos. É claro que nenhum produtor enxuto jamais atingiu essa terra prometida - e certamente nenhum o fará - mas o afã pela perfeição continua gerando surpreendentes efeitos.
As desvantagens da produção artesanal também saltam à vista. Os custos de produção eram elevados e não diminuíam com o volume... o sistema era incapaz de garantir a qualidade do produto... pela carência de testes sistemáticos.
A chave para a produção em massa... consistia na completa e consistente intercambialidade das peças e na facilidade de a justá-las entre si. Essas foram as inovações que tornaram a linha de montagem possível.
Tomados conjuntamente, a intercambialidade, simplicidade e facilidade de ajuste proporcionaram a Ford tremendas vantagens em relação a seus competidores. Por exemplo, ele pôde eliminar os ajustadores qualificados.
Em 1908, tendo Ford conseguido a perfeita intercambialidade das peças, decidiu que o montador executaria uma tarefa única, movimentando-se de veículo para veículo através da área de montagem. Por volta de agosto de 1913, às vésperas da implantação da linha de montagem móvel, o ciclo de tarefa médio do montador da Ford havia caído de 514 para 2,3 minutos.
Para atender seu mercado-alvo de consumidores médios, Ford também projetou seu carro com facilidade sem precedente de operação e manutenção. Caso uma peça necessitasse ser substituída, os proprietários poderiam comprar uma peça de reposição na loja da Ford, e simplesmente aparafusá-la. Com o Modelo T da Ford, nenhum ajuste especial era necessário.
Ford não se limitou a aperfeiçoar a peça intercambiável, como aperfeiçoou também o empregado intercambiável.
Não obstante um sistema de fabricação que provavelmente não conseguia uma alta qualidade, em nosso moderno sentido, Ford conseguiu liderar uma indústria que logo se tornou a maior do mundo, por ter se tornado o primeiro a dominar os princípios da produção em massa.
Alfred Sloan faria do sistema do qual Ford fora pioneiro um sistema completo, é a esse sistema que o termo produção em massa se aplica atualmente. Não é exagero afirmar que as ideias gerenciais básicas de Sloan solucionaram os últimos prementes problemas que impediam a proliferação da produção em massa. Novas profissões de gerentes financeiros e especialistas em marketing foram criadas para completar as profissões de engenharia, de modo que toda área funcional da empresa passou a ter seus especialistas. A divisão do trabalho profissional tornara se, assim, completa.
Tomemos as práticas de fabricação de Ford, adicionemos as técnicas de marketing e gerência de Sloan e acrescentamos o novo papel do movimento sindical no controle das definições e conteúdo das tarefas: o resultado é a produção em massa em sua forma final amadurecida.
A situação de estagnação na produção em massa norte-americana e europeia teria prosseguido indefinidamente, não tivesse uma nova indústria automobilística emergindo no Japão. Os japoneses estavam desenvolvendo uma maneira inteiramente nova de produzir, que nós chamamos de produção enxuta.
Após ter cuidadosamente estudado cada palmo de Rouge, então o maior e mais eficiente complexo fabril do mundo, Eiji (Toyoda) escreveu para sua empresa que 'pensava ser possível melhorar o sistema de produção'.
O principal engenheiro de produção da Toyota, Taiichi Ohno, logo percebeu que empregar as armas de Detroit - e seus métodos - não serviria a sua estratégia... Ohno sabia que precisava de um novo enfoque, e o encontrou.
Taiichi Ohno acabou aperfeiçoando sua técnica de troca rápida... No processo, fez uma descoberta inesperada: o custo por peça era menor na produção de pequenos lotes do que no processamento de imensos lotes... Havia duas razões: Eliminava os custos financeiros de imensos estoques e ainda mais importante, fazia com que os erros de montagem aparecessem quase que instantaneamente... eliminando o desperdício com o grande número de peças defeituosas.
Ohno reservou um horário periodicamente para a equipe sugerir em conjunto medidas para melhorar o processo... processo de aperfeiçoamento contínuo e gradual - em japonês, kaisen...
No tocante ao 'retrabalho', o pensamento de Ohno foi realmente inspirador... em gritante contraste com as fábricas de produção em massa, onde parar a linha era responsabilidade do gerente sênior da linha, Ohno colocou uma corda sobre cada estação de trabalho, instruindo os trabalhadores a imediatamente pararem toda a linha de montagem caso surgisse um problema que não conseguissem acertar.
Ohno foi mais além... instituiu um sistema de solução de problemas denominado 'os 5 porquês'. Os trabalhadores foram instruídos a remontar sistematicamente cada erro até sua derradeira causa (perguntando 'porquê?').
Num veículo... o grosso do processo envolve o projeto e fabricação de mais de 10 mil peças distintas, e sua montagem em talvez 100 grandes componentes: motores, transmissão, sistema de direção, suspensão etc. Coordenar tal processo, de modo que tudo combine na hora certa, com alta qualidade e baixo custo, tem se constituído num desafio constante para as firmas montadoras na indústria automobilística. Para Ohno e outros na Toyota, a questão real era como montadora e fornecedores poderiam colaborar entre si, para reduzir custos e melhorar a qualidade, qualquer que fosse o relacionamento legal e formal entre eles.
Havia o problema da coordenação no dia-a-dia do fluxo de peças no sistema de suprimentos... Para contrabalançar esses problemas e atender um aumento da demanda nos anos 50, a Toyota começou a estabelecer um novo enfoque de produção enxuta, para suprimento de componentes. O 1º passo consistiu em organizar os fornecedores em níveis funcionais. Fornecedores de 1º nível participavam integralmente do desenvolvimento do novo produto. Companhias de 2º nível eram incumbidas de fabricar peças individuais
Ohno desenvolveu uma nova maneira de coordenar o fluxo de peças no sistema de suprimentos, o famoso sistema 'just-in-time' ('na hora certa'), que na Toyota se chama 'kanban'. A ideia... era... converter o imenso grupo de fornecedores e fábricas de peças numa única máquina para tal, determinou que a produção das peças se restringiria a cada etapa prévia para suprir a necessidade imediata da etapa subsequente. A plena implementação do conjunto de ideias... exigiu de Eiji Toyoda e Ohno mais de 20 anos...
Tais constatações exigem uma radical reordenação de nosso quadro mental do mundo industrial... as melhores fábricas norte-americanas na América do Norte mostram que a produção enxuta pode ser plenamente implementada pelas companhias ocidentais, e as melhores fábricas nas nações em desenvolvimento mostram que a produção enxuta pode ser introduzida em qualquer parte do mundo.
Ao repassarmos os dados com essas companhia, executivos e gerentes têm nos questionado em quatro pontos específicos. Primeiro, perguntam se o segredo está na automação. A segunda pergunta é: 'A manufaturabilidade (facilidade de montagem do produto), em vez da operação da fábrica, é que faz a diferença?' Uma terceira pergunta que costuma surgir quando repassamos nossos resultados refere-se à variedade e complexidade dos produtos. ... quais são os aspectos organizacionais realmente importantes de uma fábrica enxuta e como fazer para introduzi-los? A resposta é que a fábrica genuinamente enxuta possui duas características organizacionais fundamentais: 'transfere o máximo de tarefas e responsabilidade para os trabalhadores que realmente agregam valor ao carro, e possui um sistema de detecção de defeitos que rapidamente relaciona cada problema, uma vez descoberto, a sua derradeira causa.
Nossos estudos das fábricas tentando adotar a produção enxuta revelam que trabalhadores reagem apenas quando existe algum senso de compromisso mútuo, um senso de que a gerência realmente valoriza os trabalhadores qualificados, fará sacrifícios para mantê-los e está propensa a delegar responsabilidade à equipe. Simplesmente mexer no organograma da empresa... e introduzir círculos de qualidade, para encontrar meios de melhorar processos de produção, dificilmente fará grande diferença.
Observou um gerente de planta enxuta... 'a produção em massa não passa da produção enxuta burocratizada, onde ninguém toma iniciativa ou assume responsabilidade pela melhoria contínua do sistema'.
O ponto mais marcante da pesquisa de Clark seja a descoberta de que as técnicas enxutas de desenvolvimento de produtos reduzirem, simultaneamente, o trabalho e o tempo de fabricação.
Sugerimos que a ideia de que 'rapidez sai mais cara' vá se juntar a de que 'qualidade custa mais' na lata de lixo de ideias do que restou da era da produção em massa.
... existem 4 diferenças básicas nos métodos de projetar utilizados pelos produtores em massa e enxuto. Consistem eles em diferenças na liderança, trabalho de equipe, comunicação e desenvolvimento simultâneo.
O produtor em massa mantém a linha funcionando a qualquer preço, mas acaba com montões de reparos no final; já o produtor enxuto despende maior esforço logo no início. Corrigindo os problemas antes que se multipliquem...
E, qualquer que seja o caso, o ciclo menor de desenvolvimento, tornará a companhia enxuta mais ágil na reação a mudanças súbitas de demanda. A escolha, e a vantagem, será sempre do produtor enxuto. Isso se torna mais aparente ao contrastarmos os enfoques enxutos e em massa no desenvolvimento de novas tecnologias.  
No tocante à inovação, Sloan levou as ideias de Henry Ford sobre a divisão do trabalho às últimas consequências. Ele decidiu concentrar cientistas e engenheiros ocupados em projetos avançados em estado de pré-produção no centro técnico da GM, fora de Detroit. Ali eles estavam livres da distração do dia-a-dia, podendo se concentrar nas necessidades a longo prazo da companhia... a ausência de contato diário entre os filósofos do centro de pesquisa e os implementadores do desenvolvimento de produtos redundou mais de uma vez em embaraçosas gafes.
Os produtores enxutos japoneses exercem extrema cautela, para não isolarem suas tecnologias avançadas dos trabalhos cotidianos da companhia e das incessantes demandas do mercado... eles a muito tempo chegaram à conclusão de que, para ser efetiva, a engenharia, mesmo do tipo mais avançado, tem de estar vinculada às atividades fundamentais da companhia condicionadas pelo mercado. 
Conforme já deve ter se tornado claro, o sistema de suprimentos da produção em massa maduro é amplamente insatisfatório para todos os envolvidos. Os fornecedores entram em cena tardiamente no processo, pouco podendo fazer para melhorar o projeto, que pode ser de fabricação difícil e cara. São eles intensamente pressionados para reduzir preços, por um comprador que não entende seus problemas específicos. Resulta daí ofertas implausíveis ganharem os contratos, seguidos de reajustes, que podem tornar os preços das peças ainda mais elevados do que os dos concorrentes realistas, mas perdedores. Esse processo dificulta, para a montadora, a estimativa exata de custos. Além do mais, jogar os concorrentes uns contra os outros torna-os relutantes em compartilharem ideias sobre técnicas de produção melhoradas, depois que a peça é produzida. Em outras palavras, eles não têm incentivo para combinar suas curvas de aprendizagem.
A montadora enxuta não delega ao fornecedor o projeto detalhado de certas partes consideradas vitais para o sucesso do carro, quer por envolverem uma tecnologia específica da montadora, ou devido à percepção que o consumidor tem do produto. Exemplos típicos de partes normalmente reservadas às divisões de suprimento domésticas das montadoras são motores, transmissões, grandes painéis da carroceria e, cada vez mais, os sistemas eletrônicos que coordenam as atividades de vários sistemas do veículo.
Quase todos os relacionamentos entre fornecedor e montadora são balizados por um denominado contrato básico. O contrato é, por um lado, uma simples expressão do compromisso entre montadora e fornecedor de trabalharem juntos a longo prazo. Entretanto, ele também estabelece regras fundamentais para preços, assim como garantia de qualidade, encomendas e entregas, diretos de propriedades e suprimento de materiais. 
Acordos entre montadoras e fornecedores para partilharem os lucros incentivam estes últimos a melhorarem seu processo produtivo, por receberem a garantia de que os lucros provenientes de suas inovações poupadoras e das atividades kaisen serão deles.
No processo de percorrer repetidamente os cinco porquês e tentar melhorar os processos para reduzir custos e acelerar os lucros, os fornecedores enxutos aprendem a muito sobre os caminhos práticos para a melhor fabricação.
O relacionamento entre fornecedores e montadoras no Japão não se baseia primariamente na confiança, mas na interdependência mútua, consagrada nas regras do jogo aceitas por todos. Entretanto, um conjunto estável de regras não quer dizer que qualquer um possa afrouxar. Pelo contrário: mantém a todos num constante afã de melhorar o desempenho.
Nossa pesquisa via correio revelou que 93% dos fornecedores usavam o CEP em todas as suas operações em 1988, enquanto em 1983 apenas 19% o faziam. Os japoneses começaram a melhorar a qualidade de seus fornecedores pelo mesmo processo, ainda que a difusão do CEP entre eles tenha se dado no final dos anos 50, há mais de 30 anos.
Constatamos, ainda, alguma mudança, no Ocidente, em direção a entregas mais frequentes. Em 1983, mais de 70% dos fornecedores norte-americanos entregavam, a cada vez, suprimentos de peças para mais de uma semana (ou seja, faziam entregas uma vez por semana, ou menos). Atualmente, tal número caiu para 20%. Podemos comparar esse número com os 16% de fornecedores japoneses com entregas semanais em 1982. Naquele ano, 52% dos fornecedores japoneses faziam entregas diárias, e ainda 31%, entregas horárias. Nos Estados Unidos, apenas 10% dos fornecedores estavam entregando diária ou horariamente em 1988.
O just-in-time só se realiza plenamente quando aplicado a produção. A disciplina imposta pela fabricação de pequenos lotes é um dos passos fundamentais para a maior eficiência e qualidade na produção enxuta.
O objetivo primordial do revendedor japonês é fazer com que o cliente continue se sentindo parte da "família" do revendedor.
No Ocidente, a pressão é extrair o máximo de uma transação isolada entre dois estranhos, sem qualquer comprometimento ou vínculo subsequente. (Ainda que o cliente retorne a mesma revendedora para uma compra futura, o vendedor provavelmente já saiu de lá.). No sistema japonês, o objetivo é maximizar a entrada de dinheiro de um cliente a longo prazo.
Um objetivo-chave de todo canal de distribuição é construir e alimentar a fidelidade vitalícia do canal.
Costuma-se dizer no Japão, que a única maneira de escapar do seu agente de vendas do qual se comprou uma vez um carro é sair do país.
A abordagem enxuta no trato com os clientes difere significativamente, em sua concepção, da abordagem dos produtores em massa. Primeiro, o sistema de vendas japonês é ativo, e não passivo; de fato, os japoneses chamam de "venda agressiva". Em vez de ficarem sentados na revenda esperando pelos clientes atraídos pela publicidade e anúncios de redução de preços, como os abatimentos de fábrica, o pessoal da revendedora visita periodicamente todos os domicílios na sua área de atuação.
O produtor enxuto trata o comprador - ou proprietário - como parte integral do processo de produção. A elaborada coleção de dados sobre as preferências dos consumidores por novos veículos é repassada sistematicamente para as equipes de desenvolvimento de novos produtos.
A distribuição enxuta formará a linha de frente de um sistema dirigido pelas necessidades do cliente, e não da fábrica.
Uma das características da produção enxuta foi a necessidade de coordenação estreita entre as várias etapas, comumente envolvendo contatos face a face.
Os que permanecem na fábrica vão, progressivamente, aumentando a capacidade de solucionar problemas. A gerência enfatiza que a resolução de problemas é o fator mais importante de qualquer serviço.
A gerência dinâmica e efetiva de organizações produtivas globais tem desafiado a engenhosidade dos produtores em massa de automóveis por quase um século de tentativas.
Na maioria das companhias ocidentais, grande parte da atividade não está bem focalizada. Projetistas desenham produtos que jamais obterão o sinal verde, muita gente perde tempo apagando incêndios. As melhores companhias japonesas, ao contrário, acreditam firmemente que alguém não diretamente trabalhando num produto com vistas ao mercado não lhe está agregando valor.
O resultado foi uma resistência popular aos produtos da Ford - muitos jornais, por exemplo, recusaram-se a aceitar seus anúncios - e a perda de moral entre os empregados britânicos da Ford... Esses gerentes da linha de frente pressionavam pela preservação dos sistemas tradicionais de trabalho especializado e pagamento por peça, sem sentido numa produção de fluxo contínuo, onde o trabalho de cada operário é regulado pelo dos demais.
William Morris, fundador da Oxford Motor Company (e sua subsidiária MG), e Herbert Austin, fundador da Austin Motor Company, estavam entre esses peregrinos Depois de visitar Highland Park, em 1914, Morris retomou a Inglaterra determinado a imediatamente copiar as técnicas da produção em massa em sua própria fábrica. Mas as coisas não foram tão fáceis.
A imagem de trabalhadores correndo pela linha, carregando automóveis mais rapidamente do que a esteira transportadora, nos lembra hoje uma comédia. E o sistema deve ter sido desastroso para a qualidade do carro acabado, mas Austin não enxergava outra saída. Na argumentação de um de seus gerentes sênior, defendendo o sistema de pagamento por peça: “Alguma forma de pagamento extra [o bônus] tem de ser dada a pessoa, se queremos que se esforce mais. A única alternativa e pagar um salário elevado, como no sistema da Ford, e insistir no cumprimento das tarefas... O sistema de tarefas diárias com salário fixo pode, talvez, funcionar nas fábricas norte-americanas, mas a necessária... política de trabalho na fábrica [ajustando o ritmo das máquinas com pagamentos diários padronizados] não seria aceita pelo sindicalismo ou pela administração ingleses.”
O sistema da produção enxuta tem se mostrado, desde então, imensamente superior ao sistema de produção em massa tanto em produtividade como em qualidade, que passaram a ser vistos como objetivos complementares. É mais eficiente porque exige menor utilização de recursos (estoques, espaço físico, tempo, esforço físico humano etc.), aproveita mais as capacidades intelectuais humanas e é capaz de atender melhor às mudanças e gostos individuais dos consumidores, oferecendo maior variedade de produtos e reduzindo o ciclo de vida dos produtos, combinando o melhor da produção artesanal com o melhor da produção em massa. Além disso, é capaz de valer-se mais adequadamente dos desenvolvimentos e oportunidades trazidos pelas novas tecnologias e pela crescente internacionalização da economia.
As mudanças devem ser sistemáticas, focalizando-se nos novos métodos e processos e nas novas relações entre os elos da cadeia produtiva. Trata-se de um conjunto de técnicas e práticas integradas, e não isoladas, dentro de uma nova filosofia e valores gerenciais. Assim, não basta transferir técnicas pontuais desconsiderando o conjunto de elementos que compõe o novo sistema de produção.

A máquina que mudou o mundo - 1990
Womack, J.  P.; Jones, D. T.; Roos; D.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Áudio Persistência Filme Fome de Poder

Trecho do filme Fome de poder em que Ray Kroc utiliza um arquétipo sonoro para encorajar sua mente num momento de "fragilidade".


Persistência
"Nada no mundo pode superar a persistência.
O talento não supera, não há nada mais comum que talentosos fracassados.
A genialidade não supera, um gênio desconhecido é praticamente um clichê.
A educação não supera, o mundo está cheio de tolos educados.
A persistência e a determinação são muito poderosas, mostra que vc não precisa ser derrotado por nada. Que tem paz interior, uma saúde incrível e uma energia forte e constante.
Se vc tentar alcançar essas coisas todos os dias os resultados serão óbvios para você. Por mais que possa parecer uma fantasia, cabe a você criar seu próprio futuro.
A maior descoberta da minha geração é que os seres humanos podem mudar suas vidas mudando seu modo de pensar." (The Founder)


OBS.: Ray Kroc tornou o MacDonalds a grande cadeia de fast food que conhecemos hoje.

Discurso de Denzel Washington


Discurso do ator Denzel Washington no dia 01 de maio de Maio 2015 na Universidade Dillard em Louisiana, USA.
Veja o vídeo no Canal Motivação Grid no Youtube.

"Tudo que VOCÊ quiser VOCÊ pode ter, por isso reivindique e trabalhe duro para conseguir"
"Você já ouviu o ditado de que não planejamos falhar, falhamos em planejar."
Denzel Washington