domingo, 14 de agosto de 2011

Trabalho de Sísifo

Na mitologia grega Sísifo era considerado o mais astuto de todos os mortais.

Foi o fundador e primeiro rei de Corinto, onde governou por diversos anos.

Mestre da malícia e dos truques, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses.

Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Égina, filha de Asopo um deus-rio, que havia sido raptada por Zeus. O velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contou o paradeiro de Égina. Ele preferiu a bênção da água ao invés dos raios celestiais.

Com isto ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.

Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas.

Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânatos e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo e ordenou a ela jogar seu corpo insepulto no meio da praça pública.

Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez.

Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes para conduzir sua alma a Hades. No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo:

Por toda a eternidade foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.

Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada "Trabalho de Sísifo".

As atividades de trabalho nalgum momento serão enfadonhas, isso independe de gostar ou não do que faz, mas diferente de Sísifo, a vida não precisa se resumir no soar do despertador e o passar do crachá de ponto, pilhas de papéis, ligações telefônicas, agenda de reuniões... para no dia seguinte, recomeçar tudo de novo. A consciência deste absurdo é que traz à tona a revolta desta condição miserável e possibilita a ressignificação criativa desta situação.











Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADsifo
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mitologia-grega/sisifo.php
http://valeriapsc.blogspot.com/2010/10/o-mito-de-sisifo-e-os-dias-atuais.html
http://recantodacronica.blogspot.com/2010/12/as-pedras-vao-rolar-imagens-engracadas.html

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