sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ciclo motivacional

Para entender o Ciclo Motivacional primeiramente deve ser feita a diferenciação entre algo motivador e um fator de satisfação:

  • A motivação é definida como a inclinação para a ação que tem como origem uma necessidade;
  • O motivador é a própria necessidade enquanto o fator de satisfação é alguma coisa que satisfaz esta necessidade.

Um exemplo prático disso é a sede. Água é um fator de satisfação da necessidade sede, o que motiva a pessoa a buscar a mudança de estado é a sede e não a água.

Um exemplo nas empresas é relativo à segurança no trabalho, que é um fator de satisfação da necessidade de se manter vivo. O que motiva o trabalhador é a vida e não a segurança no trabalho.

A motivação, portanto, nasce somente das necessidades humanas e não de coisas que satisfazem estas necessidades.

Transferindo isto para o ambiente das organizações, é possível oferecer fatores de satisfação como dinheiro, reconhecimento ou promoção, mas não é possível motivar as pessoas.

A tarefa da administração passa a não ser de motivar seus empregados, e sim induzi-los a comportamentos positivos. A preocupação deve ser a de manter motivado o trabalhador que chega motivado em seu primeiro dia de trabalho.

As necessidades de auto-realização dos indivíduos são as necessidades mais elevadas, conseqüência da educação e cultura. São raramente satisfeitas em sua plenitude. A necessidade de auto-realização é a síntese de todas as outras necessidades. É o impulso de realizar o próprio potencial, de estar em contínuo auto-desenvolvimento no sentido mais elevado do termo. O homem sempre terá a sua frente uma nova etapa a ser atingida rumo ao desenvolvimento completo de si mesmo.

O comportamento humano pode ser explicado através do ciclo motivacional, isto é, o processo pelo qual as necessidades condicionam o nosso comportamento a algum estado de resolução.

Esse ciclo se divide em seis etapas:

1. O organismo humano permanece em estado de equilíbrio;

2. Um estímulo rompe este equilíbrio;

3. Cria-se uma necessidade;

4. Essa provoca um estado de tensão, insatisfação, desconforto em substituição ao anterior estado de equilíbrio;

5. A tensão conduz a um comportamento ou ação capaz de satisfazer aquela necessidade;

6. Satisfeita a necessidade, o organismo retorna ao seu estado de equilíbrio inicial, até que outro estímulo sobrevenha.

A satisfação é basicamente uma liberação de tensão que permite o retorno ao equilíbrio anterior.

As necessidades não são estáticas, ao contrário, são forças dinâmicas e persistentes que provocam comportamentos. Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará satisfação da necessidade e descarregará a tensão que ela provoca, livrando-o do desconfortável desequilíbrio. Satisfeita a carência, o organismo volta ao estado normal de ajustamento ao meio ambiente, onde provavelmente outro estímulo gerará outra necessidade e o processo se reinicia.

Os ciclos se repetem indefinidamente na busca da satisfação das necessidades. Portanto, a satisfação de necessidades passadas não torna o homem acomodado, ao contrário, ela incentiva a iniciativas mais ousadas rumo à auto-realização.

LACERDA, Andréia Ribeiro Fiamoncini. Teoria Geral de Administração. Disponível em:http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/teoria-geral-de-administracao/29440/. Acesso em: 23/06/11.

NETO, Salvador Giglio. Dinâmica das Relações Interpessoais. Universidade Paulista – UNIP, 2009. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/52143467/44/Ciclo-motivacional. Acesso em: 23/06/11.

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