domingo, 26 de junho de 2011

Administração Científica

Frederick Winslow Taylor foi um engenheiro norte-americano que introduziu o conceito da Administração Científica, revolucionando todo o sistema produtivo no começo do século XX e criando a base sobre a qual se desenvolveu a atual Teoria Geral da Administração.

Em 1903 Taylor publica seu primeiro livro “Shop Management” (Direção de Oficinas) onde trata pela primeira vez de suas idéias sobre a racionalização do trabalho.

Em 1911 Taylor publica sua obra mais importante que se tornaria a base da Teoria Geral da Administração, “Principles do Scientific Management” (Princípios da Administração Científica) Taylor descreve toda sua teoria sobre a administração que contém princípios até hoje utilizados.

A administração científica se baseia na aplicação do método científico com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos.

Os quatro princípios fundamentais da administração científica são:

1. Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.

2. Princípio de preparo dos trabalhadores – prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.

3. Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.

4. Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.

Taylor desenvolveu um método de análise e otimização do trabalho e um processo de treinamento que transformava, em semanas, um recém fugido da agricultura, num operador de máquina altamente produtivo.

Sua motivação não era a eficiência nem os lucros para os proprietários. Até o fim de sua vida ele enfatizava que os maiores beneficiários da produtividade deveriam ser os trabalhadores.

Taylor tinha uma visão mecanicista em relação ao homem, que para ele era considerado homo economicus, este não precisaria perder tempo pensando ao produzir; pois sua principal função era produzir um mesmo produto aplicando os mesmos movimentos. Taylor afirmava: "o homem é pago para trabalhar e não para pensar".

Ele defendia que a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta forma, ele teria um incentivo para produzir mais. Porém o trabalho sistemático da mão-de-obra operária fazia deles peças descartáveis.

Taylor separou o trabalho manual do trabalho intelectual, dividindo os funcionários entre aqueles que eram pagos para pensar de modo complexo (planejar), e aqueles que eram pagos para executar. Era grande a economia na folha de pagamento, pois a maioria dos trabalhadores era sem qualificação. À direção cabia controlar, dirigir e vigiar os trabalhadores.

Taylor não foi apenas um teórico. Quando ele foi trabalhar na metalúrgica de Bethlehem, que tinha o maior conjunto de máquinas do mundo. Em três anos, graças a seus métodos e equipamentos, a produção triplicou. E os salários haviam ficado 60% maiores, para a satisfação dos trabalhadores.

Entre 1907 e 1915 a quantidade produzida por cada trabalhador americano cresceu, em média, 33% ao ano.

Taylor treinava QUALQUER UM, independente do seu QI ou do resultado do seu teste de aptidão, capacitando-o para fazer, bem feito, QUALQUER TRABALHO. Ele provava diariamente que quaisquer pessoas, inclusive mulheres, podiam aprender qualquer trabalho bastava ser bem treinado e bem acompanhado.

Hitler declarou guerra aos Estados Unidos acreditando que eles não tinham marinha mercante, nem destróieres para protegê-los, nem mesmo a indústria ótica necessária. Aplicando a Administração Científica de Taylor, a indústria americana treinou antigos meeiros, vindos da área rural, transformando os em soldados, construtores de navios e técnicos de produção de instrumentos óticos. Tudo isto em cerca de três a seis meses.

Contribuíram para o desenvolvimento da administração científica: Frank e Lilian Gilbreth que se aprofundaram nos estudos dos tempos e movimentos e no estudo da fadiga; Henry Grant que trabalhou o sistema de pagamento por incentivo; Harrington Emerson que definiu os doze princípios da eficiência; Morris Cooke que estendeu a aplicação da administração científica à educação e às administrações públicas; e Henry Ford que criou a linha de montagem aplicando e aperfeiçoando o princípio da racionalização.

As principais críticas a administração científica são:

Transformação do homem em uma máquina, desencorajado de tomar iniciativas; Não levar em conta o lado social e humano do trabalhador, analisando seu desempenho apenas na linha de produção; Reduzir a satisfação do operário e ele adquirir apenas uma visão limitada do processo; A padronização do trabalho seria mais uma intensificação deste do que uma forma de racionalizar o trabalho; Não abrangeu o conflito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais; Trata a organização como um sistema fechado sem considerar as influências externas.

Pioneiro da consultoria empresarial, depois de Frederick Taylor e seu cronômetro, o mundo nunca mais trabalhou do mesmo jeito.

INFO ESCOLA. Administração Científica. Disponível em: http://www.infoescola.com/administracao_/administracao-cientifica/. Acesso em 06 de junho de 2011.

INFO ESCOLA. Frederick W. Taylor. Disponível em: http://www.infoescola.com/biografias/frederick-taylor/. Acesso em 06 de junho de 2011.

INFO ESCOLA. Taylorismo. Disponível em: http://www.infoescola.com/administracao_/taylorismo/. Acesso em 06 de junho de 2011.

PORTO, Alexandre. Métodos de Frederick Winslow Taylor ainda são usados. Administradores.com.br. Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/metodos-de-frederick-winslow-taylor-ainda-sao-usados/26183/. Acesso em 06 de junho de 2011.

MACIEL, Graccho M. O mito da organização do trabalho. Administradores.com.br. Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-mito-da-organizacao-do-trabalho/20698/. Acesso em 06 de junho de 2011.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ciclo motivacional

Para entender o Ciclo Motivacional primeiramente deve ser feita a diferenciação entre algo motivador e um fator de satisfação:

  • A motivação é definida como a inclinação para a ação que tem como origem uma necessidade;
  • O motivador é a própria necessidade enquanto o fator de satisfação é alguma coisa que satisfaz esta necessidade.

Um exemplo prático disso é a sede. Água é um fator de satisfação da necessidade sede, o que motiva a pessoa a buscar a mudança de estado é a sede e não a água.

Um exemplo nas empresas é relativo à segurança no trabalho, que é um fator de satisfação da necessidade de se manter vivo. O que motiva o trabalhador é a vida e não a segurança no trabalho.

A motivação, portanto, nasce somente das necessidades humanas e não de coisas que satisfazem estas necessidades.

Transferindo isto para o ambiente das organizações, é possível oferecer fatores de satisfação como dinheiro, reconhecimento ou promoção, mas não é possível motivar as pessoas.

A tarefa da administração passa a não ser de motivar seus empregados, e sim induzi-los a comportamentos positivos. A preocupação deve ser a de manter motivado o trabalhador que chega motivado em seu primeiro dia de trabalho.

As necessidades de auto-realização dos indivíduos são as necessidades mais elevadas, conseqüência da educação e cultura. São raramente satisfeitas em sua plenitude. A necessidade de auto-realização é a síntese de todas as outras necessidades. É o impulso de realizar o próprio potencial, de estar em contínuo auto-desenvolvimento no sentido mais elevado do termo. O homem sempre terá a sua frente uma nova etapa a ser atingida rumo ao desenvolvimento completo de si mesmo.

O comportamento humano pode ser explicado através do ciclo motivacional, isto é, o processo pelo qual as necessidades condicionam o nosso comportamento a algum estado de resolução.

Esse ciclo se divide em seis etapas:

1. O organismo humano permanece em estado de equilíbrio;

2. Um estímulo rompe este equilíbrio;

3. Cria-se uma necessidade;

4. Essa provoca um estado de tensão, insatisfação, desconforto em substituição ao anterior estado de equilíbrio;

5. A tensão conduz a um comportamento ou ação capaz de satisfazer aquela necessidade;

6. Satisfeita a necessidade, o organismo retorna ao seu estado de equilíbrio inicial, até que outro estímulo sobrevenha.

A satisfação é basicamente uma liberação de tensão que permite o retorno ao equilíbrio anterior.

As necessidades não são estáticas, ao contrário, são forças dinâmicas e persistentes que provocam comportamentos. Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará satisfação da necessidade e descarregará a tensão que ela provoca, livrando-o do desconfortável desequilíbrio. Satisfeita a carência, o organismo volta ao estado normal de ajustamento ao meio ambiente, onde provavelmente outro estímulo gerará outra necessidade e o processo se reinicia.

Os ciclos se repetem indefinidamente na busca da satisfação das necessidades. Portanto, a satisfação de necessidades passadas não torna o homem acomodado, ao contrário, ela incentiva a iniciativas mais ousadas rumo à auto-realização.

LACERDA, Andréia Ribeiro Fiamoncini. Teoria Geral de Administração. Disponível em:http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/teoria-geral-de-administracao/29440/. Acesso em: 23/06/11.

NETO, Salvador Giglio. Dinâmica das Relações Interpessoais. Universidade Paulista – UNIP, 2009. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/52143467/44/Ciclo-motivacional. Acesso em: 23/06/11.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Como Lidar Com Estresse

Em uma conferência, ao explicar para a platéia a forma de controlar o estresse, o palestrante levantou um copo com água e perguntou:

-"Qual o peso deste copo d'água? "

As respostas variaram de 250g a 700g.

O palestrante, então, disse:

- "O peso real não importa. Isso depende de por quanto tempo você segurar o copo levantado."
"Se o copo for mantido levantado durante um minuto, isso não é um problema. Se eu mantenho ele levantado por uma hora, eu vou acabar com dor no braço. Mas se eu ficar segurando um dia inteiro, provavelmente eu vou ter cãibras dolorosas e vocês terão de chamar uma ambulância."

E ele continuou: - "E isso acontece também com o estresse e a forma como controlamos o estresse. Se você carrega tua carga por longos períodos, ou o tempo todo, cedo ou tarde a carga vai começar a ficar incrivelmente pesada e, finalmente, você não será mais capaz de carregá-la."
"Para que o copo de água não fique pesado, você precisa colocá-lo sobre alguma coisa de vez em quando e descansar antes de pegá-lo novamente. Com nossa carga acontece o mesmo. Quando estamos refrescados e descansados nós podemos novamente transportar nossa carga."

Em seguida, ele distribuiu um folheto contendo algumas formas de administrar as cargas da vida, que eram:

1 * Aceite que há dias em que você é o pombo e outros em que você é a estátua.

2 * Mantenha sempre tuas palavras leves e doces pois pode acontecer de você precisar engolir todas elas.

3 * Só leia coisas que faça você se sentir bem e ter a aparência boa de quem está bem, caso você morra durante a leitura.

4 * Dirija com cuidado. Não só os carros apresentam defeitos e têm recall do fabricante.

5 * Se não puder ser gentil, pelo menos tenha a decência de ser vago.

6 * Se você emprestar $200 para alguém e nunca mais ver essa pessoa, provavelmente valeu a pena pagar esse preço para se livrar dessa má pessoa.

7 * Pode ser que o único propósito da tua vida seja servir de exemplo para os outros.

8 * Nunca compre um carro que você não possa manter.

9 * Quando você tenta pular obstáculos lembre que está com os dois pés no ar e sem nenhum apoio.

10 * Ninguém se importa se você consegue dançar bem. Para participar e se divertir no baile, levante e dance, pronto.

11 * Uma vez que a minhoca madrugadora é a que é devorada pelo pássaro, durma até mais tarde sempre que puder.

12 * Lembre que é o segundo rato que come o queijo - o primeiro fica preso na ratoeira. Saiba esperar.

13 * Lembre, também, que sempre tem queijo grátis nas ratoeiras.

14 * Quando tudo parece estar vindo na tua direção, provavelmente você está no lado errado da estrada.

15 * Aniversários são bons para você. Quanto mais você tem, mais tempo você vive.

16 * Alguns erros são divertidos demais para serem cometidos só uma vez.

17 * Podemos aprender muito com uma caixa de lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça. Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa.

18 * Não perca tempo odiando alguém, remoendo ofensas e pensando em vingança. Enquanto você faz isso a pessoa está vivendo bem feliz e você é quem se sente mal e tem o gosto amargo na boca.

19 * Quanto mais alta é a montanha mais difícil é a escalada. Poucos conseguem chegar ao topo, mas são eles que admiram a paisagem do alto e fazem as fotos que você admira dizendo "queria ter estado lá".

20 * Uma pessoa realmente feliz é aquela que segue devagar pela estrada da vida, desfrutando o cenário, parando nos pontos mais interessantes e descobrindo atalhos para lugares maravilhosos que poucos conhecem.

"Portanto, antes de voltarem para casa, depositem sua carga de trabalho/vida no chão. Não carreguem para casa. Vocês podem voltar a pegá-la amanhã. Com tranquilidade."

Fonte:Este artigo circula na Internet desde 2001, de autor desconhecido

Hipertensão arterial

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domingo, 5 de junho de 2011

Linha de montagem de um avião

Disparada

Prepare o seu coração
Prás coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar...

Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo
A morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar
Eu vivo prá consertar...

Na boiada já fui boi
Mas um dia me montei
Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por necessidade
Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu...

Boiadeiro muito tempo
Laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
E boiadeiro era um rei...

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E nos sonhos
Que fui sonhando
As visões se clareando
As visões se clareando
Até que um dia acordei...

Então não pude seguir
Valente em lugar tenente
E dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente...

Se você não concordar
Não posso me desculpar
Não canto prá enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
Vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer ir mais longe
Do que eu...

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte
Num reino que não tem rei

Geraldo Vandré e Theo de Barros